A Quinta da Lavandeira foi uma antiga propriedade agrícola e de recreio pertencente, inicialmente, a Joaquim da Cunha Lima Oliveira Leal que a vendeu ao conde António da Silva Monteiro (1822-1885).
Vivendo com a esposa, a condessa D. Carolina Júlia Ferreira Monteiro, ela residiu na quinta até 1921, razão pela qual a propriedade também é conhecida por Quinta da Condessa (LIMA, 2005, QUEIROZ, 2005).
O conde de Silva Monteiro teve grandes negócios no Brasil e foi presidente da Associação Comercial do Porto entre 1875 e 1877. Devido à sua ação naquele cargo tiveram início as obras de construção do porto de Leixões e do caminho-de-ferro para a Póvoa de Varzim. Ao conde Silva Monteiro se ficou a dever, também, a modernização da tanoaria a vapor na Companhia Aurifícia, uma empresa que fica na Rua dos Bragas, onde, como o próprio nome indica, se fabricavam objetos de ouro e prata e que até há alguns anos se dedicava ao ramo da metalurgia.
Não são de estranhar os elementos do património industrial encontrados na sequência da limpeza da quinta. Entre eles destaca-se um motor (danificado e vandalizado) fabricado pela The Campbell Gas Engine Co. Ltd. (Halifax — UK) para produção de gás de gasogénio, ou "gás pobre" (Producer gas), pela queima de combustível sólido (neste caso carvão, de que se encontraram restos). Não foi possível, ainda, apurar para que era utilizado este motor: talvez para fornecimento de gás destinado ao aquecimento das estufas, dada a proximidade, ou para produção de energia elétrica.