Habitats próximos de rios e ribeiros.
Na fase larvar alimentam-se sobretudo de caracóis e lesmas.
Na fase de inseto adulto os machos voam e procuram as fêmeas que, apesar de terem asas, não voam.
A luminosidade das suas lanternas permite que se localizem mutuamente e se reproduzam.
É esta espécie - referimo-nos aos machos adultos - que fazem mágicas as Noites dos Pirilampos no Parque Biológico de Gaia, normalmente em junho.
Este mês assinala o pico de eclosão da espécie, altura em que um grande número de machos voa e fazem piscar a sua luz em busca de fêmeas, que existem em menor número.
Em termos gerais, os pirilampos são insetos da ordem dos Coleópteros, pertencentes à família Lampyridae, grupo em que, na maioria das espécies, as larvas e os adultos produzem luz. Por outras palavras, são organismos bioluminescentes.
Estes produzem luz através de uma reação química cujos ingredientes principais são uma substância chamada luciferina que – na presença de uma enzima, a luciferase, e do oxigénio – fica oxidada e emite luz. A luz é produzida para se defenderem de predadores, quando são perturbados ou para comunicação. As fêmeas, as larvas e nalgumas espécies os machos, durante a cerimónia de acasalamento, emitem luz.
Em Portugal, as larvas dos pirilampos alimentam-se principalmente de caracóis e lesmas (uma das espécies alimenta-se de minhocas), presas muito maiores que o seu tamanho, mas que conseguem imobilizar através da inoculação de um veneno que as paralisa.
O ciclo de vida demora de um a três anos. Nesse período terão feito seis a oito mudas, consoante a espécie. É então que as larvas se transformam em pupa. A passagem de pupa para o adulto dá-se partir do início do verão. Em geral, os adultos não crescem, não se alimentam e morrem uma a duas semanas depois de se reproduzirem.
As fêmeas da maior parte das espécies são muito parecidas com as larvas e muito diferentes dos machos. As fêmeas ficam junto ao solo subindo a ramos ou a folhas das ervas para emitirem luz.
Ver pirilampos não é fácil e talvez por isso, sejam pouco conhecidos no nosso país. As larvas podem ser observadas durante todo o ano, mas os adultos, apenas no fim da primavera e durante o verão.
Os locais mais adequados para os observar são as zonas húmidas, longe de pesticidas que matam as suas presas, e longe das luzes intensas que perturbam a comunicação entre eles. São, assim, importantes bioindicadores da qualidade ambiental.
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