PERCURSO
No sentido sul/norte, o caminho de Santiago deixa para trás o concelho de Santa Maria da feira para entrar em Vila Nova de Gaia. Os caminhantes vão percorrer cerca de 17 quilómetros.
Um dos primeiros locais de interesse é o Mosteiro de Grijó, que inclui uma quinta cercada de muros. O caminho avança e passa pela localidade de Perosinho.
Atravessa de seguida a serra de Negrelos. Este relevo conta ainda com vegetação nativa, como por exemplo carvalho-alvarinho e sobreiro, sanguinho-de-água e madressilvas, entre outras espécies de flora.
Há várias espécies “guarda-chuva”, ou seja, aquelas espécies com estatuto de proteção que, ao serem objeto especial de conservação, protegem por inerência muitas outras nos mesmos habitats.
É o caso de uma borboleta que costuma voar pelo caminho durante a primavera, a fritilária-dos-lameiros, Euphydryas aurinia. Na fase de lagarta, altura em que é gregária, pode também ser observada nas folhas de algumas madressilvas.
O mesmo ocorre com o lagarto-de-água, Lacerta schreiberi, com a particularidade da sua distribuição envolver apenas certas regiões de Portugal e de Espanha. O início da primavera representa a melhor altura de observação deste réptil, uma vez que os machos gostam de se exibir entre a vegetação dos muros que ladeiam prados e linhas de água.
Há um anfíbio que se destaca e que também se caracteriza por ser endémico dos dois países envolvidos no projeto, a salamandra-lusitânica, Chioglossa lusitanica. Não é fácil de observar, seja porque o seu período de atividade é noturno seja porque o seu habitat se situa aqui no interior de minas de água.
Entra depois praticamente na malha urbana rumo à cidade de Gaia, junto ao rio Douro. Este curso de água, que nasce em serras espanholas, uma vez atravessado, faz com que o caminhante já se encontre na cidade do Porto.
Em Biodiversidade/Fauna encontra mais informações sobre estas e outras espécies que pode eventualmente observar pelo caminho.
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