Musgo de cor verde-olivácea ou verde-amarelada, densamente ramificado e com ramos eretos ou ascendentes.
Apresenta filídeos (folhas pequenas) muito juntos e sobrepostos ao caulóide (caule dos musgos) em estado seco e mais abertos, em ângulo quase reto com o caule, em estado húmido.
Esta transformação que se dá quando aumenta o grau de hidratação da planta altera completamente o seu aspeto, tornando-a mais vistosa e com cores mais vivas e mais conspícua, já que os seus tufos prostrados podem atingir vários centímetros de diâmetro.
As cápsulas permanecem imersas nos filídeos e são muito frequentes, o que auxilia bastante a sua identificação. As cápsulas apresentam uma cor amarelada e estão rodeadas por folhas especializadas – folhas periqueciais – que têm como função proteger as cápsulas. Para além destas características, as cápsulas surgem unilateralmente ao longo dos caulóides secundários, o que é bastante típico e fácil de observar no campo, mesmo à vista desarmada.
Esta espécie coloniza troncos de várias árvores autóctones e alóctones e, muito frequentemente, os seus ramos, em ambientes com alguma humidade ambiental, mas nunca cresce sobre rochas.
É comum na Península Ibérica, no Norte e Oeste da Península Ibérica e, em Portugal, encontra-se nas áreas com influência do clima atlântico. No Parque Biológico de Gaia, este musgo pode ser observado em troncos de árvores.
E porque é que vale a pena seguir a presença ou desaparecimento desta espécie, pergunta o leitor? Porque é considerada uma autêntica antena de poluição atmosférica, ou seja, ocorre em ambientes pouco poluídos e é bastante sensível às alterações de níveis de poluentes. Em muitos países europeus, devido ao aumento de poluição atmosférica, tem-se tornado rara e é considerada uma espécie vulnerável nas listas vermelhas de conservação.
E, já agora, aqui fica uma resposta a muitas pessoas que perguntam se os musgos prejudicam as árvores sobre as quais crescem: os musgos que se estabelecem sobre os troncos designam-se por epífitas – são plantas que vivem sobre outras plantas de maior porte utilizando-as apenas como substrato para fixação, não sendo parasitas, nem de forma nenhuma prejudicam a planta sobre a qual crescem e se reproduzem...
Texto: Helena Hespanhol e Cristiana Vieira (CIBIO-UP). Foto: Sónia Ferreira.
Fonte - Revista «Parques e Vida Selvagem» n.º 48.
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