A Quinta das Devesas situa-se na freguesia de Santa Marinha, na Rua Leonor de Freitas, entre os armazéns do Porto Barros a nascente, a ribeira de Azenhas, ou de Santo Antão, a poente e a Estação das Devesas a sul, a uma altitude média de 52 metros, na encosta do Douro.
O mais antigo proprietário e residente da Quinta das Devesas de se conhece (1779) é João de Faria e Gouveia, Fidalgo da Casa Real, embora outros autores refiram que em 1601 era propriedade do “abade de Valbom, padre José Garcês”. Ao contrário do que se possa pensar, os títulos "conde" e "visconde das Devesas" não têm origens antigas e não pertenceram a uma única família. São, na verdade, títulos concedidos pelo rei de Portugal, no século XIX, a duas diferentes famílias de Vila Nova de Gaia, em reconhecimento dos benefícios económicos prestados à cidade e do país. O título de visconde das Devesas foi criado por D. Luís, em 1879, a favor de António Joaquim Borges de Castro, 1.º (e único) visconde das Devesas, nascido na Feira, em 1814 e falecido na Quinta das Devesas em 1884; como não teve descendência, a Quinta acabou na posse da sua sobrinha D. Maria da Conceição Bandeira de Castro e Lemos, que viria a casar com o 1.º conde das Devesas, título criado em 1890 do rei D. Carlos. Usaram este título: 1) conde das Devesas: Francisco Pereira Pinto de Lemos (1849-1916). 2) conde das Devesas: Alfredo Pereira Pinto de Lemos 11875-19451. 3) conde das Devesas: Ernâni Carlos Pereira Pinto de Castro e Lemos (1876-1965).
O 3.º conde das Devesas não teve descendentes e legou os seus bens à Misericórdia de Gaia, com usufruto para as cunhadas, a última das quais faleceu no solar em 1976, ficando a propriedade ao abandono até 2012. Em 2009 veio a ser acordada entre a Misericórdia e o Município uma solução urbanística para a quinta, que previa a entrega do solar e da sua zona adjacente a Câmara Municipal de Gaia.