Musgo pleurocárpico (com crescimento prostrado) de cor verde-amarelada ou verde-acastanhada, formando tufos extensos e robustos.
Esta planta apresenta um caulóide principal (eixo principal onde se inserem pequenas folhas, os filídeos) prostrado sobre o substrato, do qual surgem ramos eretos até 4 centímetros de altura, bastante ramificados no extremo e que apontam na mesma direção. Devido a esta característica diz-se que o musgo tem um aspeto dendróide, ou seja, cada ramo assemelha-se a uma pequena árvore.
Este musgo é bastante inconfundível a olho nu, pois em estado seco, os filídeos ficam muito ajustados ao eixo, imbricados, e os seus ramos curvam-se, ficando com o aspecto de pequenas patas de uma ave – daí o seu nome comum. Já em estado húmido têm um aspeto bastante diferente, quase parecendo uma outra espécie a olhos destreinados, uma vez que os filídeos estendem-se rapidamente, ficando a planta mais volumosa e sem aquele aspeto característico dos ramos quase vermiformes em estado seco.
Com o auxílio de uma pequena lupa é possível ainda observar que os filídeos são muito côncavos e quase triangulares e que a margem dos filídeos é dentada na parte superior. O nome genérico deriva do grego pteron=ala e gonios=ângulo, uma vez que outra característica distintiva desta espécie é apresentar células alares, que estão nos ângulos basais dos filídeos, diferentes das restantes células.
É um musgo que ocorre frequentemente em carvalhais, em ambientes bastante puros, principalmente nos troncos ou em rochas, em locais geralmente sombrios.
É uma espécie que é conhecida por acumular grandes quantidades de metais pesados e, por isso, tem sido usada em estudos de bioindicação. Ocorre em toda a Europa e a sua presença na América do Norte foi interpretada como uma prova da deriva dos continentes. No Norte da Europa observa-se um declínio desta espécie, facto que se tem atribuído à poluição atmosférica.
É uma espécie com tendência ocêanica-mediterrânica, sendo das espécies mais abundantes nos troncos e rochas do Norte do País. No Parque Biológico pode encontrar-se em locais sombrios, em rochas e muros de granito sob coberto arbóreo.
Texto: Helena Hespanhol (CIBIO-UP). Foto: Cristiana Vieira (CIBIO-UP).
Fonte - Revista «Parques e Vida Selvagem» n.º 36.
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